SP adia campanha de vacinação contra raiva 6v6n3u

Em 2019, 9.605 animais entre cães e gatos foram vacinados na cidade. Foto: Arquivo Gazeta

A Secretaria de Estado da Saúde e os municípios decidiram adiar a campanha de vacinação contra a raiva para cães e gatos de 2020. A medida foi discutida entre a pasta e as cidades na chamada Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e segue recomendações do Ministério da Saúde, que prevê a reprogramação da campanha antirrábica para redução do risco de contágio da Covid-19.
Devido ao risco de transmissão do novo coronavírus em aglomeração, as equipes de saúde estadual e municipais optaram por manter apenas a imunização de rotina. De acordo com o governo do Estadado, a campanha poderá ser reprogramada a depender do cenário epidemiológico do novo coronavírus.

Em Vargem
A Gazeta entrou em contato com a prefeitura sobre o caso. Em resposta, o médico veterinário Alessandro de Souza, responsável pela Vigilância Sanitária, explicou que diante do desabastecimento ocorrido em 2019 e do estoque existente de Vacina Anti Rabica de Cães e Gatos (VARC) no Estado de São Paulo, o Instituto Pasteur, responsável pela liberação das VARC, tem liberado mensalmente doses apenas para a realização de vacinação em estratégia de rotina. “Isto é, mantém o estoque somente para bloqueio de eventuais casos de raiva em cães e gatos, não sendo possível a liberação mensal para estratégias de campanhas, devendo, portanto, ser suspensa esta atividade, até a regularização do ree aos municípios desse imunobiológico”, disse.
De acordo com Alessandro, o município recebe do Instituto Pasteur todo o insumo necessário para a realização da campanha de vacinação. “Para tanto, o município ficará no aguardo da disponibilidade das VARC distribuídas pelo Instituto Pasteur para a realização da campanha de vacinação”, afirmou.

São Paulo
Há mais de duas décadas foi eliminada a circulação da variante canina, disse a diretora do Instituto Pasteur, Luciana Hardt. Desde 1997, não registra casos de raiva em humanos provocadas pela variante canina, e desde 1998 não há casos caninos e felinos.
Casos esporádicos podem ocorrer pela variante de morcego, sendo o último registro de 2018 após contato direto da vítima com morcego infectado (vivo ou morto). “Por isso, é fundamental que esses animais não sejam manipulados caso sejam encontrados nas residências, quintais e áreas com vegetação. O cidadão que encontrar um morcego caído, por exemplo, deve acionar os profissionais de saúde do município, para que recolham e encaminhem devidamente para diagnóstico laboratorial”, complementa Hardt.
Os morcegos são animais silvestres protegidos por lei, e contribuem com o meio ambiente porque agem na polinização de flores, dispersão de sementes, controle da população de insetos. Portanto, não devem ser exterminados.

 

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