Campanha incentiva a amamentação 4g363u

Campanha do Ministério da Saúde incentiva aleitamento materno

Os índices de amamentação cresceram no Brasil nos últimos anos. É o que mostra um estudo divulgado na última terça-feira, dia 4, pelo Ministério da Saúde, em meio a Semana Mundial de Aleitamento Materno 2020. Os dados apontam que atualmente, mais da metade (53%) das crianças continuam sendo amamentadas no primeiro ano de vida.
Entre as crianças menores de quatro meses, 60% se alimentam exclusivamente do leite materno. Já entre as menores de seis meses, o índice é de 45,7%. Ainda, 60,9% das crianças menores de dois anos foram amamentadas. Os dados são do resultado preliminar do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani). Foram avaliadas 14.505 crianças menores de cinco anos entre fevereiro de 2019 e março de 2020.
De acordo com o Ministério da Saúde, ao comparar dados de uma pesquisa do ministério de 2006 com o Enani, há um aumento de 15 vezes na prevalência de aleitamento materno exclusivo entre as crianças menores de 4 meses, e de 8,6 vezes.
Em relação ao aleitamento materno continuado até os dois anos, o aumento foi de 22,7 vezes no primeiro ano de vida e de 23,5 em menores de dois anos, em comparação com os dados de pesquisa realizada em 1986.

Vargem
A enfermeira Eluana Maria Cristofaro Reis, em 2017, lembrou que pela Lei nº 13.435 de 12 de abril, foi instituído o mês de agosto como o mês da amamentação. Essa Lei regulamenta as intensificações das orientações e ações sobre a importância do aleitamento materno. O mês de agosto recebeu o nome de “Agosto Dourado”, e foi escolhida essa cor para destacar a riqueza desse alimento, que é “padrão ouro” de qualidade e que por mais que as indústrias investem milhões em pesquisas aprimorando as fórmulas dos leites em pó para os primeiros meses de vida dos bebes, nenhum se aproxima da qualidade que o leite materno tem.
Ela observou que apesar das inúmeras campanhas em prol da amamentação, as mulheres que desejam realizar tal ato, se sentem pouco apoiadas, tanto em relação a sociedade que muitas vezes apontam e julgam as mulheres que amamentam em locais públicos, como os empregadores que não aderem a licença maternidade por seis meses, e as mulheres acabam que não tendo outra opção a não ser abandonar a amamentação, pois existem creches que muitas vezes também não recebem crianças em aleitamento materno exclusivo.
A organização Mundial de Saúde (OMS) defende a amamentação até os 2 anos de idade, sendo que até os seis primeiros meses de vida exclusiva, ou seja, não há necessidade de dar água, chá ou qualquer outro alimento.
Eluana ressaltou benefícios da amamentação, que para a mãe consistem em: o sangramento pós-parto diminui; reduzem as chances de desenvolver anemia, câncer de mama e de ovário, diabetes e infarto cardíaco; a mulher que amamenta perde mais rápido o peso que ganhou na gravidez e favorece a relação afetiva com o bebê
Já para a criança, ela informou que na amamentação, o bebê recebe os anticorpos da mãe para proteção contra diarreia e diversos tipos de infecções, principalmente as respiratórias. O leite materno diminui as chances de o bebê desenvolver alergias, colesterol alto, diabetes e obesidade.
Também informou que o aleitamento materno também ajuda a criança a desenvolver-se bem, fisicamente e emocionalmente. É um excelente exercício para o desenvolvimento da face e da fala. É importante para que a criança tenha dentes fortes e bonitos. Contribui também para que o bebê tenha uma boa respiração.
Segundo Eluana, não há leite fraco, bebê que não saiba mamar, ou mamas inaptas a amamentação. “Procure por um profissional de saúde da atenção básica, eles vão saber te ajudar e promover a melhor alimentação para o seu filho, não terceirize esse momento”, ressaltou.

Foto: Ministério Saúde

 

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